O movimento que pede "um Portugal soberano e
desenvolvido" e livre do programa de assistência financeira internacional,
subscrito por mais de 900 personalidades, realiza este sábado, em Lisboa, uma
conferência nacional.
Em Dezembro de 2011, foi lançado por 24 personalidades
o apelo "Em defesa de um Portugal soberano e desenvolvido" para
denunciar e "rejeitar o programa que está a ser imposto ao país".
Entre os primeiros subscritores estão os escritores
Mário Carvalho e Alice Vieira, os arquitectos Álvaro Siza Vieira e Eduardo
Souto Moura, a activista católica Deolinda Machado, o catedrático José Barata
Moura e a realizadora Raquel Freire.
Um ano após o apelo e numa altura em que documento é
subscrito por mais de 900 personalidades, na conferência nacional, que hoje se
realiza, vai ser feito um balanço do trabalho desenvolvido e uma avaliação da
situação vivida no nosso país "decorrente da aplicação do programa imposto
aos portugueses", disse à agência Lusa Isabel Araújo Branco, da comissão
promotora.
Isabel Araújo Branco adiantou que é "importante saber o que
mudou" em Portugal desde a altura em foi lançado o apelo, que na sua
opinião, o país "mudou para pior".
Na conferência, que se realiza na Faculdade de
Ciências da Universidade de Lisboa, será ainda decidido as iniciativas a
realizar no futuro.
"Vencendo a resignação e a manipulação fatalista,
afirmamos o nosso inconformismo perante um pacto de agressão que está a
conduzir Portugal e o povo português ao declínio económico, ao empobrecimento e
à perda de direitos duramente conquistados, num quadro de intolerável regressão
social", escrevem os subscritores no apelo.
Portugal, dizem, "tem futuro, tem recursos, a
começar pelo seu povo, e capacidades para se afirmar como nação soberana e
desenvolvida", e "é possível encetar um caminho de crescimento, de
valorização do trabalho e de dignificação das condições de vida do povo
português".
Nesse sentido, os autores apelam a "todos os
democratas e patriotas, para que manifestem a sua opinião e para que inscrevam,
como imperativo patriótico da sua intervenção cívica e política, a denúncia e a
rejeição" do programa de assistência financeira que "está a ser
imposto" a Portugal.
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